Não se fala de outra coisa, a morte de Carlos Castro! Assassinado num quarto de um hotel de 4 estrelas em Nova Iorque, alegadamente pelo seu novo namorado Renato Seabra, pelas informações que correm e que possivelmente não são as mais correctas, foi espancado por mais de uma hora e mutilado.
Desculpem por parecer um pouco cinica, mas há qualquer coisa que não bate certo, há qualquer coisa que não encaixa, senão pensemos um pouco:
- Renato tem 21 anos e a iniciar uma carreira de modelo, pelos relatos de familia e colegas, miúdo pacato, de boa índole, educado e com namorada. Consegue entrar no mundo da moda através da participação de um programa televisivo;
- Carlos Castro tinha 65 anos, cronista social muito conhecido, com conhecimentos e possibilidades de abrir muitas portas no mundo da moda a um jovem modelo;
- Vão os dois para Nova Iorque, pelo que o Renato contou à família, uma viagem que seria de trabalho, com possíveis contactos com agências de modelo proporcionados pelo Carlos Castro;
- Esta relacção profissional, de amizade ou amorosa, tem 3 meses. Renato afirmou sempre aos familiares e amigos, que era uma relacção profissional, Carlos Castro anunciava aos amigos que estava muito apaixonado;
- Viajam para Nova Iorque, nos primeiros dias está tudo bem, depois as coisas começam a azedar. Há uma discussão num restaurante Nova Iorquino, Renato liga à família a pedir para anteciparem o regresso, diz que está farto de tudo, que o estão apenas a tentar deslumbrar com tanto luxo, que não se tem sentido bem, acha que a comida está diferente; por seu lado Carlos Castro, afirma aos amigos, que o Renato está louco, que está assustado com o comportamento do miúdo.
- Se no dia da sua morte Carlos Castro foi espancado por uma hora, ninguém ouviu nada? Ninguém se apercebeu do conflito e alertou a gerência do hotel? Ninguém participou à polícia? O Carlos Castro não pediu socorro? Só ouviram o Renato a dizer que não era gay? Será que o Renato falou em português ou inglês? Deve ter sido em inglês, senão como é que podiam afirmar que ele disse que não era gay! Então ouviram ele dizer que não era gay e não ouviram o barulho causado pelo espancamento? Não ouviram um pedido de socorro por parte do Carlos?
Que terá levado um jovem de 21 anos, cometer um crime tão brutal e desumano num país estrangeiro, tão distante da sua terra natal, sabendo que o sistema legal dos USA é muito penoso, que as suas cadeias são das piores do mundo, que pode nunca mais sair de lá vivo..... Será que alguém pensou nisto tudo? Será que o Renato estava em seu perfeito juízo? Que terá acontecido?
Neste momento ele confessou o crime, tenho pena do Carlos Castro, porque perdeu a vida e possivelmente teve uma morte horrível, mas também tenho pena deste miúdo que a provar-se que ele matou e de sã consciência, vai ser um desgraçado e que não acredito que consiga sobreviver numa cadeia americana, tenho pena daquela mãe, que neste momento deve sentir-se como se lhe arrancassem um pedaço de si, imagino o tormento daquela mãe, e como mãe que sou, neste momento é dela que eu mais pena tenho, porque esta mulher vai sofrer imenso.
As notícias são muito contraditórias, há muitas coisas que são ditas que provavelmente não são verdade, não sou ninguém para condenar seja quem for, mas se ficar provado que ele matou de perfeita consciência, sem influência de drogas, deve pagar, tem que pagar, mas no caso de haver dúvidas há que ponderar!
Congratulo-me pelo sistema judicial americano ser tão célere, já viram que o Carlos Castro foi assassinado no dia 08/01/2010, já foram ouvidas as testemunhas, já há resultado de autópsia, o Renato só ainda não foi ouvido pelo juíz, porque se encontra hospitalizado, assim que for ouvido pelo juíz será formalmente acusado, sendo de imediato marcada uma primeira audiência com um grande juri, onde será decidido se há provas suficientes e contudentes para o levar a julgamento, e hoje é dia 11 de Janeiro! No nosso país ainda não se tinham sequer ouvido todas as testemunhas, possivelmente só daqui a um ano é que seria marcado o julgamento, ..... Bem, até podia ser que fosse diferente, mas .....
Lamento por todas as partes envolvidas, mas há que seguir com a vida para a frente, acho que se deve voltar a falar neste caso apenas quando houver provas concretas, quando houver desenvolvimentos concretos, e não continuar a haver especulações, a carregar mais na ferida aberta nestas duas famílias.
Life goes on!
