Pois é, graças a Deus, eu ainda tenho dinheiro para comprar a medicação para o Carlos por causa da asma, mas se não tivesse, também não iria ter mais, uma vez que a segurança social cortou o subsídio por doença crónica que me pagava de + ou - 60 € por mês.
A justificação deles é que a vida do meu filho não depende da medicação. Ora, se eu não comprar a medicação do meu filho e ele tomar direitinha, a asma do meu filho vai ficar novamente descontrolada, isto o que vai significar?
Logo a olhos vistos, o meu filho vai perder qualidade de vida, vai ter que deixar de jogar futebol, e de correr, porque literalmente vai "abafar", não vai conseguir respirar.
E isto que vai significar? Vamos a correr com ele para o hospital, para lhe fazerem as nublizações, uma vez que nós não vamos ter dinheiro para lhe comprar a medicação caríssima de que ele vai precisar, e no hospital, sempre fica de graça, não pagamos nada, por enquanto! Isto quase todos os dias, sim, porque antes do meu filho fazer a medicação era isso que acontecia, e então quando se contipava, era um fartote de nublizações. Signifca que eu e o Berto vamos começar a faltar mais vezes ao nosso trabalho, vamos baixar a nossa produtividade e pode implicar o despedimento.
Mas acham que o estado está preocupado com o aumento de utentes nos centros de saúde e hospitais? Não me parece! Porque é isso que vai acontecer! Assim, já podem justificar o salário que os nossos médicos e enfermeiros recebem, têm utentes, têm trabalho, merecem o ordenado que ganham!
Nem que eu passe fome, a medicação do meu filho é que nunca vai faltar, mas quando houver uma morte por causa de falta de medicação para controle de asma, pode ser que o nosso governo, entenda que a asma pode matar, e que a medicação para controle da mesma é imprescindível.
Quem fez estes cortes, deve ter dinheiro suficiente para comprar a medicação e ir à clínica privada sempre que precisa, e de certeza que não tem um filho com uma doença crónica, porque se tivesse, teria dito que a qualidade de vida não tem preço!
Lamento sinceramente viver no país em que vivo!
Também perdi o direito ao abono do Joao... pobre da criança se dependesse dele mas ao que eu desconto por mes, em impostos, era merecido!
ResponderEliminarEm nome do governo deve haver muita gente a governar-se!
A culpa não é do país em que vivemos: é de quem elegeu este e os governos anteriores. Estamos a pagar a factura de muitos anos de má gestão!
Se o orçamento público fosse gerido com a contenção da maioria dos orçamentos familiares não havia tanto despesismo! Não serve de consolo mas os outros países nao estão melhores!
Valha-nos a liberdade de expressão: há algum tempo atrás nem podíamos desabafar publicamente!
Também me cortaram o subsídio de doença crónica do meu filho mais velho, mas não foi só... cortaram também o abono dele, mas o engraçado é que tenho mais duas crianças e destes não cortaram, baixaram só, já enviei um mail e já contactei a segurança social e não sabem o porquê. Realmente vivo num país que nestas questões não consigo ter orgulho... Tribunais, segurança Social, Finanças e tudo o mais que seja público estamos mesmo MUITO MAL.
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